No próximo dia 25 de março, entre as 20h30 e as 21h30, milhares de cidades em todo o mundo vão assinalar a Hora do Planeta. Em Portugal, 57 municípios já se comprometeram com a ação simbólica, incluindo vários associados da Associação Limpeza Urbana – Parceria para Cidades + Inteligentes e Sustentáveis (ALU), que se junta também no apoio à causa.
Águeda apresenta Índice de Sustentabilidade
A cidade do Porto é a nova associada da ALU
A adesão da cidade do Porto à Associação Limpeza Urbana foi formalizada esta segunda-feira, 6 de março. Nas instalações da Porto Ambiente, a empresa municipal que faz a gestão dos resíduos naquele território, o vice-presidente da autarquia e presidente do conselho de administração da EMAP, Filipe Araújo, a administradora Helena Vilasboas Tavares e o presidente da ALU, Luís Almeida Capão, assinaram a adesão.
Abertas as candidaturas aos Prémios Cidade +
A Associação de Limpeza Urbana (ALU) apresentou esta quinta-feira, na Amadora, a primeira edição dos Prémios Cidade + e a abertura do prazo de candidaturas. Os Prémios Cidade + têm como propósito reconhecer projetos, iniciativas e investigação na área da limpeza urbana, que tenham alcançado um impacto significativo a nível nacional ou nas comunidades em que estão inseridos.
4º Encontro Nacional Limpeza Urbana
Principais notícias do IV Encontro Nacional de Limpeza Urbana
Luís Capão, presidente da ALU
A partir de 2023 todas as entidades com atividades relacionadas com limpeza urbana podem candidatar-se aos Prémios Cidade +, criados pela Associação Limpeza Urbana (ALU). O anúncio foi feito por Luís Capão, presidente da direção da ALU, no IV Encontro Nacional de Limpeza Urbana, realizado a 3 e 4 de novembro, em Loulé, que reuniu mais de 500 players nacionais desde municípios, juntas de freguesia, empresas municipais, empresas fornecedoras de serviços, produtores e distribuidores de equipamentos, entidades da administração local e central.
“É uma oportunidade para catapultar as atividades de limpeza urbana e todos os seus atores nacionais”, observou Luís Capão, presidente da direção da ALU.
Estes prémios viam distinguir projetos, ações ou medidas que contribuam para melhorar os serviços de limpeza urbana e de recolha de resíduos, acelerando a implementação da inovação (ao nível dos sistemas tecnológicos e da abordagem social), e que tenham impacto significativo na vida dos cidadãos e na sustentabilidade.
Os Prémios Cidade + contam, assim, com quatro categorias: Inovação & Conhecimento, Participação Pública & Cidadania, Estratégia Municipal para a Sustentabilidade; além de três prémios especiais: Personalidade do ano, Equipamento ou tecnologia do ano e Campanha do ano.
Contando com um júri multidisciplinar, as iniciativas candidatas serão apreciadas tendo em conta vários critérios de avaliação: Caráter de Inovação, Sustentabilidade, Impacto na Comunidade, Impacto na Organização e Replicabilidade.
As datas de submissão das candidaturas e restantes detalhes dos prémios deverão ser conhecidos em janeiro de 2023, num evento a anunciar.
Nova legislação pode dar 12 milhões euros/ano aos municípios
João Pedro Rodrigues, da GIBB
“Há um cheque de 12 milhões de euros que tem de ser transferido para os municípios, para dar cumprimento à diretiva europeia Single Use Plastic”.
Os valores resultam de um estudo desenvolvido pela GIBB Engenheria, numa parceria com a ALU, que foi apresentado por João Pedro Rodrigues, no IV Encontro Nacional de Limpeza Urbana. Considerando o total de cerca de 5 milhões de toneladas de Resíduos Urbanos produzidos em Portugal, o estudo estima que são produzidos anualmente 300 mil toneladas de resíduos de limpeza urbana nas cidades portuguesas.
Esta diretiva já está em parte vertida na legislação nacional e estipula que: a luta contra o lixo deve ser um esforço partilhado entre autoridades competentes, produtores e consumidores. Neste âmbito, os produtores dos resíduos de limpeza urbana são convidados a integrar sistemas de responsabilidade alargada do produtor (RAP), contribuindo para reduzir os custos que os municípios têm com a limpeza urbana.
Cristina Carrola, da Agência Portuguesa do Ambiente, lembrou que os custos da limpeza urbana são um custo desnecessário para as entidades locais. Embora ainda não esteja completamente fechado o leque das atividades que devem consideradas limpeza urbana, pela Comissão Europeia, para já sabe se que a limpeza de grafitis e a limpeza de dejetos caninos devem ficar de fora deste pacote. “O que deve ser contabilizado em matéria de custos da limpeza urbana são as atividades de manutenção e recolha de papeleiras, varredura mecânica, varredura manual e limpeza de praias” explicou Cristina Carrola.
Cristina Carrola, da Agência Portuguesa do Ambiente
Quem se está já a posicionar como possível entidade gestora dos resíduos de plástico de utilização única é a Eletrão, que é já entidade gestora de três fluxos de resíduos: embalagens, equipamentos elétricos e eletrónicos e pilhas e acumuladores. “Estamos a desenvolver estes estudos, numa parceria com a ALU, porque queremos dar respostas aos nossos associados e ao mercado nacional, em geral”, adiantou Pedro Nazareth, CEO da Eletrão, acrescentando que “falta a standardização dos KPI das atividades de limpeza urbana, falta definir o modo de cálculo de custos de limpeza e estabelecer toda a sistematização dos custos de limpeza”.
Camião de recolha de resíduos ou de recolha dados?
“Quanto mais perto chegamos dos cidadãos e dos trabalhadores, na recolha de dados, melhor compreendemos os comportamentos”, a frase é de Stephen Goldsmith, professor da Harvard Kennedy School, Keynote Speaker do IV Encontro Nacional de Limpeza Urbana, e reflete a sua experiência no terreno, quando foi presidente da Câmara Municipal de Indianopolis (EUA) e resolveu andar com os cantoneiros na recolha dos resíduos, constatando que muitos tinham ideias interessantes e válidas para melhorar a recolha diária e o serviço em geral.
“Podemos recolher muitos dados, mas a questão é o que podemos fazer com eles: que problemas podemos resolver, o que podemos prever. Os dados têm de concorrer para a melhoria operacional dos serviços e isso acontece se houver uma equipa multidisciplinar a trabalhar neles.
Um camião de recolha de resíduos urbanos não tem de ser meramente um camião, pode ser uma plataforma de registo de dados, através de câmaras, sensores e toda uma panóplia de sistemas de apoio que recolhem dados. É um veículo que anda todos os dias nas ruas, tem um potencial de utilização ímpar”, explicou Stephen Goldsmith, acrescentando que em várias cidades americanas estes camiões são já equipados com câmaras que fotografam, por exemplo, resíduos abandonados, carros mal-estacionados, grafittis, etc
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6 razões para não perder o IV Encontro Nacional de Limpeza Urbana
Conheça aqui os principais destaque do evento
Vem aí o IV Encontro Nacional de Limpeza Urbana!
A Associação Limpeza Urbana – Parceria para Cidades + Inteligentes e Sustentáveis (ALU) organiza mais uma vez o Encontro Nacional de Limpeza Urbana, que este ano terá lugar em Loulé, de 3 a 4 de novembro.
O IV Encontro Nacional de Limpeza Urbana tem como tema “Roadmap para Cidades Competitivas e Atrativas”, em torno do qual vai reunir cerca de 40 oradores nacionais e internacionais. Demonstrar a importância do estado da limpeza urbana como um ativo das cidades, tendo em conta que a limpeza urbana tem impacto na capacidade de atrair negócios (desde multinacionais a centros de negócios) e outras atividades, de captar turismo, de manter habitantes permanentes e felizes, é o grande objetivo deste evento.
No IV Encontro Nacional de Limpeza Urbana será ainda possível conhecer as oportunidades de financiamento da legislação nacional para a Limpeza Urbana e para os resíduos; saber as novidades decorrentes da diretiva Single-Use Plastics (SUP) nomeadamente a preparação da entidade gestora nacional; conhecer estratégias para acabar com os resíduos abandonados e boas práticas de sensibilização e mobilização da população. O debate promete ser particularmente intenso em torno das mesas-redondas dedicadas à limpeza de ervas e da utilização de águas residuais para a limpeza urbana. Em baixo, consulte o programa completo.
As inscrições são gratuitas e já estão disponíveis aqui.
ALU lança campanha contra dejetos caninos a nível nacional
A Associação Limpeza Urbana – Parceria para Cidades + Inteligentes e Sustentáveis (ALU) está a lançar uma campanha de sensibilização para que os cidadãos não deixem os dejetos dos seus animais nas ruas ou nos parques públicos, abrangendo um total de 10 municípios portugueses em simultâneo.
Águeda, Braga, Cascais, Castelo Branco, Condeixa, Lagos, Loulé, Mafra, Viana do Castelo, Vila Franca de Xira, são os municípios envolvidos.
Os dejetos caninos são um dos principais problemas de limpeza urbana identificados pelos municípios portugueses, de acordo com o inquérito realizado no âmbito do estudo “Importância e impacto do sector da Limpeza Urbana em Portugal”, apresentado em 2021 pela ALU. Além da questão visual, os dejetos caninos podem acarretar problemas de saúde pública, com a propagação de doenças nos seres humanos, e ainda, problemas ambientais, com a contaminação do solo e da água.
“Os gestores públicos debatem-se com o problema dos dejetos caninos nas cidades desde o século XIX, quando um maior número de pessoas começou a ter animais de estimação nas suas habitações. Apesar das campanhas de sensibilização e outras medidas coercivas que foram sendo implementadas, a verdade é que, hoje, este continua a ser um problema de cidades como Paris, Londre, Nova Iorque ou qualquer cidade portuguesa”, observa Luís Almeida Capão, presidente da direção da ALU. “Hoje, muitos municípios têm equipamentos específicos para a recolha destes resíduos, mas não podemos desresponsabilizar os cidadãos face à tecnologia existente, até porque isso tem impacto significativo nos custos da limpeza urbana”, observa o representante da ALU.
Com esta campanha a associação não pretende apenas sensibilizar para a necessidade da tomada de consciência e de ação, por parte dos cidadãos, mas também lembrar que os utilizadores dos espaços públicos podem ter um papel mais ativo, exigindo que os donos dos animais de estimação tenham um comportamento cívico e responsável perante a comunidade. “As ruas, os parques urbanos e qualquer espaço público é do cidadão e deve ser usufruído em iguais condições por todos. Por isso, cada um tem de ser responsável pelo seu lixo e pelos dejetos dos seus animais”, diz Luís Almeida Capão.
Esta campanha, à semelhança de outras protagonizadas pela ALU, foi desenvolvida pela ALU, sendo personalizada para cada um dos municípios associados envolvidos.

